Hidradenite supurativa: o que é e veja quais são os sintomas

A pele é o órgão que recobre todo o corpo humano. Suas funções estão relacionadas à sensação de tato, à regulação da temperatura corporal e à produção de vitamina D. Além disso, os tecidos cutâneos servem como uma barreira para proteger nossas estruturas internas de agressões externas.

Há uma série de doenças que podem se desenvolver na pele, uma delas é a hidradenite supurativa. O termo pode soar desconhecido para muitas pessoas, mas é necessário ter atenção aos sinais e sintomas dessa doença, visto que pode se agravar sem tratamento e causar impactos severos no bem-estar de quem a desenvolve.

Entre outras condições que afetam a pele, estão: acne, urticária, dermatite atópica, psoríase, vitiligo, herpes, além de dermatoses crônicas, como o líquen escleroso vulvar (LEV).

Algumas dessas patologias de pele podem ter manifestações semelhantes, levando a pessoa a retardar a busca por ajuda médica por não saber que tem uma doença crítica. Então, a informação é o caminho para saber identificar os sintomas e procurar tratamento o quanto antes.

Confira o que é e quais são os sintomas da hidradenite supurativa!

O que é hidradenite supurativa?

A hidradenite supurativa é uma doença crônica de pele. Ocorre devido ao aumento de atividade das glândulas sebáceas, levando à obstrução e inflamação dos folículos pilosos e ao surgimento de nódulos dolorosos, facilmente confundidos com pelos encravados.

As lesões de hidradenite supurativa surgem em locais de dobras no corpo, como axilas, virilha, entre ou sob as mamas, nos glúteos e nas regiões da genitália, do períneo e do ânus.

A inflamação dos folículos pilosos também está associada à infecção bacteriana, que se dá por proximidade, contaminando uma área cada vez maior. Na doença avançada, formam-se coleções de pus (abscessos), que drenam uma substância com mau odor. Também há a formação de cicatrizes devido à recorrência dos surtos.

Além do intenso desconforto físico, a hidradenite supurativa tem forte impacto emocional, pois aqueles que a desenvolvem podem ter receio do constrangimento (devido ao odor e à aparência das lesões), chegando a evitar atividades sexuais e sociais.

Quais são os sintomas dessa doença?

A hidradenite supurativa pode causar os seguintes sinais e sintomas:

• nódulos inflamados e dolorosos, semelhantes a pelos encravados;
• drenagem de pus com mau odor;
• surgimento de novos pontos de inflamação próximos às lesões antigas;
• formação de cicatrizes no local das lesões antigas;
• deformidade anatômica nos locais afetados, em casos avançados.

Outra característica da hidradenite supurativa é que alguns nódulos inflamam e desinflamam. A existência de cicatrizes próximas a novos pontos de inflamação pode até limitar os movimentos, devido às dores e alterações anatômicas.

Como chegar ao diagnóstico e tratamento da hidradenite supurativa?

Essa doença é diagnosticada a partir da avaliação clínica e do exame físico. Não há exames laboratoriais voltados especificamente para a detecção da hidradenite supurativa, mas exames de sangue também podem ser solicitados para descartar condições com apresentações semelhantes. Além disso, técnicas de diagnóstico por imagem, como ultrassom e ressonância magnética, ajudam na avaliação aprofundada da doença.

Apesar de ser uma afecção dermatológica, a hidradenite supurativa também é tratada na clínica ginecológica. As mulheres podem desconhecer sua condição e apresentar lesões nas regiões íntima ou axilares, que são diagnosticadas na inspeção com o ginecologista.

A hidradenite supurativa é uma condição crônica. Apesar de não ser definitivamente curada, pode ser tratada para controlar os sintomas e reduzir as recidivas. O tratamento pode ser feito com medicamentos tópicos e orais (antibióticos, corticoides e anti-inflamatórios). Em casos de abscessos, é preciso passar por procedimentos de drenagem. Cirurgias também são indicadas para a remoção das cicatrizes que causam deformidade anatômica.

Mudanças em alguns hábitos de vida também são importantes, considerando os fatores de risco para a recorrência das crises, tais como obesidade e tabagismo. Portanto, redução do peso corporal e abstenção do tabaco são condutas indicadas.

Além de intervenção medicamentosa e, em alguns casos, cirúrgica, as terapias fotônicas são alternativas de tratamento com benefícios clínicos comprovados nos casos dessa doença e de muitas outras afecções dermatológicas e ginecológicas — sem mencionar outras especialidades médicas que já fazem uso dessas abordagens terapêuticas.

A abordagem indicada para o tratamento da hidradenite supurativa é a PDT, que tem efeito antimicrobiano — lembrando que a doença envolve a ação de bactérias e a contaminação por proximidade nas áreas afetadas.

Diferentemente da intervenção cirúrgica, a PDT é um tratamento não invasivo. As lesões são tratadas sem precisar fazer excisões para remover os tecidos afetados. O procedimento é realizado com a aplicação de um agente químico fotossensibilizante, que é ativado pela luz de laser de baixa potência ou de diodos emissores de luz (LEDs).

As lesões da hidradenite supurativa melhoram com essa forma de tratamento porque as terapias fotônicas têm efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e cicatrizantes. Além disso, a PDT, em específico, é eficaz no combate à ação dos microrganismos infecciosos.

Leia também nosso texto principal sobre hidradenite supurativa e conheça as características da doença um pouco mais!