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O que é terapia fotobiomoduladora (PBM)?

Por Dra. Renata Belotto

O que é terapia fotobiomoduladora (PBM)?

A terapia fotobiomoduladoraphotobiomodulation therapy (PBM) — é uma das terapias fotônicas, as quais utilizam os efeitos de cura da luz para tratar sintomas e lesões de diferentes tipos.

As terapias fotônicas são estudadas há tempos, trazendo cada vez mais resultados promissores em várias áreas da medicina e das ciências biológicas, de modo amplo. Embora as pesquisas que trouxeram comprovações sobre os benefícios clínicos dessas terapias sejam recentes, as propriedades curativas da luz solar já eram aplicadas por povos antigos, há milhares de anos.

Hoje, há dispositivos modernos que emitem luz em comprimentos de onda específicos para ativar diferentes respostas biológicas. As fontes de luz utilizadas nas terapias fotônicas, atualmente, são o LED e o laser de baixa potência.

Faça a leitura atenta deste artigo e descubra quais são os efeitos e aplicações da terapia fotobiomoduladora!

O que é terapia fotobiomoduladora?

A PBM é uma abordagem que utiliza a luz como ferramenta de tratamento. A partir da emissão de energia luminosa em determinados comprimentos de onda, essa terapia estimula partes importantes das células, promovendo benefícios relevantes.

A terapia fotobiomoduladora utiliza fontes de luz não ionizantes na faixa visível do espectro luminoso e no infravermelho próximo. Diferentemente dos tratamentos com laser de alta potência, é um processo que não provoca aumento de calor nem injúria tecidual, mas desencadeia uma cascata de eventos fotofísicos e fotoquímicos que levam à recuperação dos tecidos doentes.

A importância da luz nos processos biológicos já é observada, por exemplo, no ciclo sono-vigília e na absorção de vitaminas. Há muitas décadas, o interesse nas propriedades curativas da luz também veio motivando estudos e mais estudos em várias áreas da medicina e da odontologia.

Na terapia fotobiomoduladora, utiliza-se o laser de baixa potência ou LEDs. As aplicações dependem da definição de outros parâmetros, além da potência, como comprimento de onda e duração da irradiação.

A modulação obtida na PBM é direcionada ao comportamento celular, aumentando a energia das células ao estimular os fotorreceptores mitocondriais — esses mecanismos serão abordados mais claramente logo adiante.

A PBM se diferencia em alguns pontos de outra terapia fotônica, a terapia fotodinâmica (PDT). Nessa outra abordagem, é aplicado um agente químico fotossensibilizante, que é ativado pela luz e tem seus efeitos potencializados. Além disso, a PDT se destaca por seus efeitos antimicrobianos e antitumorais, tendo sua eficácia comprovada para tratar infecções (fúngicas, bacterianas e virais) e vários tipos de câncer.

Para quais casos é indicada?

A terapia fotobiomoduladora já é aplicada em diferentes áreas da saúde. De modo geral, pode ajudar, como tratamento adjuvante ou alternativo, em casos de:

  • doenças dermatológicas;
  • problemas odontológicos;
  • tendinopatias, osteoartrite, dor miofascial e outras alterações articulares e musculoesqueléticas;
  • neuropatias;
  • lesões de tecidos moles;
  • edemas;
  • cicatrização de feridas;
  • dores agudas e crônicas;
  • processos inflamatórios de várias naturezas.

Em suas aplicações na área de ginecologia, a terapia fotobiomoduladora é eficaz para tratar sintomas e patologias que afetam o bem-estar íntimo da mulher, como:

  • prurido (coceira) e dor na vulva, que podem ter várias causas;
  • atrofia genital, comumente associada às alterações hormonais da menopausa;
  • estenose vaginal, condição caracterizada pelo estreitamento do canal da vagina;
  • linfedema vulvar;
  • condições dermatológicas que afetam a vulva, como os três tipos de líquen (escleroso, plano e simples crônico).

Para as doenças ginecológicas causadas por infecções, como a candidíase e o HPV, a abordagem das terapias fotônicas indicada é a terapia fotodinâmica antimicrobiana.

Como a PBM é feita?

O procedimento da terapia fotobiomoduladora é simples: consiste em expor a área afetada à irradiação de luz por um determinado período. O tempo de exposição e o comprimento de onda específico são definidos conforme a condição a ser tratada e as respostas biológicas que se pretende estimular.

Para que a fotobiomodulação ocorra, a luz laser ou LED precisa atingir as mitocôndrias das células danificadas. Com a irradiação, os fótons emitidos entram no tecido lesionado e interagem com partes internas das mitocôndrias, que são responsáveis pela respiração celular e pela produção de adenosina trifosfato (ATP), fonte de energia das células.

O aumento do metabolismo celular combate o estresse oxidativo dos tecidos, fator que é considerado um gatilho subjacente para muitas patologias e condições degenerativas. Com a dose correta de irradiação de luz, as mitocôndrias recebem e absorvem a energia luminosa, aumentam o ATP, melhoram a circulação local e reduzem o estresse oxidativo. Assim, a capacidade de normalização celular e cura das lesões se estabelece.

Para condições agudas e recuperação pós-operatória, uma sessão pode bastar para diminuir dores e acelerar o processo de cicatrização. Já os problemas crônicos e degenerativos precisam de um tratamento mais prolongado. Ainda assim, dependendo do caso, os efeitos são mais rapidamente observados que nas terapias medicamentosas convencionais.

Entre os efeitos terapêuticos da terapia fotobiomoduladora, de modo geral, estão: modulação da resposta imunológica, redução da dor e da inflamação, rápida cicatrização de lesões, melhora da circulação sanguínea e diminuição de edemas (inchaço).

Leia também o texto institucional sobre terapia fotobiomoduladora (PBM) e complemente suas informações!

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